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Eu amei a ambientação em uma Chicago noir na década de quarenta! A personagem principal, moralmente cinza é bem desenvolvida e super interessante. É um livro gostoso de ler e cativante, mas
é um livro curto (uma novela e não um romance) e com isso há pouco espaço para o desenvolvimento dos demais personagens e para o desenvolvimento e resolução do mistério também. É claro que, sabendo que é uma novela, temos que alinhar nossas expectativas, e o desenvolvimento do livro é bem satisfatório no curto espaço. Terminei querendo ler mais mistérios com a Helen Brandt!

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Oi pessoal! Hoje vim falar para vocês do livro “Mesmo sabendo como tudo acaba” de C.L. Polk. Esse livro me chamou muito atenção pela capa e sinopse, e ele foi uma surpresa incrivelmente gostosa!

O livro é bem curto, e tem 168 páginas na versão física. A versão física dele também é LINDA e capa dura, além do próprio livro ter ganhado o respeitado prêmio Nebula em 2022, na categoria novela, um conto com tamanho maior.

O livro se passa na Chicago de 1940 (eu amo esses livros de época!), e é narrado em primeira pessoa pela personagem principal. Por ser um livro curto, os capítulos são curtos. O livro tem uma “mitologia” própria que é incrível, e eu adoraria MUITO conhecer mais desse mundo. No começo, admito, fiquei um pouco perdida com os termos, porque o livro já começa no momento em que Helen está realizando um ritual para desvendar um assassinato e já joga vários termos da própria mitologia em cima da gente… mas aos poucos tudo vai ficando claro.

O livro é cheio de romance (é um romance sáfico), e também tem muito mistério. É um livro com reviravoltas incríveis. Para mim, apesar de o começo ter sido um pouco confuso, o livro foi ficando melhor e melhor e melhor, tanto é que eu li em menos de um dia!

O plot da história em si, também achei incrível! Uma detetive tentando capturar um serial killer em troca do seu amor!!!!! O livro também toca bastante nos temas de misoginia e homofobia, o que eu achei super importante para o contexto.

Enfim, pessoal, não dá pra falar muito sem entregar, mas eu amei muito a Helen e a Edith! E eu simplesmente AMEI a ambientação do livro. Para mim, é um daqueles livros que a gente gostaria de esquecer para poder ler de novo como se fosse a primeira vez!

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Até onde iria para recuperar sua alma?

É essa a pergunta que Helen Brandt se faz quando lhe dão a chance de recuperar o que ela barganhou há 10 anos e será levado em 3 dias. Para salvar o irmão, Ted, Helen abriu mão de sua alma e para tê-la de volta, e poder envelhecer ao lado da mulher que ama, ela precisa descobrir quem está matando as mulheres de Chicago.

Mesmo Sabendo Como Tudo Acaba é uma novela sobrenatural e noir escrita por C. L. Polk e recentemente lançada pela editora Suma, com um cenário que mescla sobrenatural com anjos, demônios, magos e feiticeiras à investigação policial, o livro me prendeu do começo ao fim.

Dividido em 5 atos, o livro é bem curto, mas carrega bem a narrativa, o mistério, a ambientação e os personagens.

Quando falamos da narrativa, é bom lembrar que o livro se propõe a ser uma ficção noir, para quem não conhece: noir foi uma expressão criada pelo crítico francês Nino Frank em 1946, fazendo referência aos livros policiais da Série Noire. As obras noir falam sobre crimes, especialmente assassinatos, tem personagens de moral ambígua, alienados e/ou corruptos, em relação à temática quase sempre falam sobre corrupção moral e os elementos narrativos incluem presença do protagonista em quase todas as cenas, final ambíguo, traição ou o fracasso inevitável do protagonista.

Para mim, que já conhecia o gênero, o livro atendeu muito bem as expectativas criadas. Se o seu objetivo é ler uma fantasia, esse livro não é para você, mas se você se interessa por investigação e reflexões morais sobre os crimes e as motivações, parabéns, encontrou um bom livro.

Uma das coisas que mais gostei é que mesmo tendo adivinhado quem era o culpado, as linhas investigativas foram interessantes o suficiente para que o plot twist não fosse frustrante, já que eu imaginei o assassino e o motivo. Ademais, as preocupações da protagonista sobre os meios usados pelo assassino e as consequências disso me pegaram desprevenidas. Explico.

Eu não esperava, embora devesse, que o livro levantasse questões sobre a lesbianidade na década de 40, já que a protagonista é lésbica e a esposa dela também. Em nenhum momento Polk abandonada a contextualização e as dificuldades de ser mulher e, ainda mais, uma mulher lésbica na década de 40. A relação entre Helen e Edith é linda, as cenas entre elas conseguem capturar a empatia do leitor e você torce pelas duas.

Contudo, uma coisa que não gostei no livro foi a relação entre Helen e Ted, se meu irmão me tratasse mal por ter salvado a vida dele e perdido a minha alma no processo, eu contratava um demônio pra arrancar a alma dele. Moleque ingrato!

Mesmo no final, a relação dos dois não me convenceu, o que é um demérito bem importante na minha opinião, já que é essa relação que, querendo ou não, iniciou a história para começar.

E em relação ao final, bom, foi agridoce e noir como eu esperava, me agradou muito. Sei que não irá agradar a todos, mas vale muito a pena ler e reler esse livro, mesmo sabendo como tudo acaba.

Resenha para o Blog Revelando Sentimentos
Por Ingrid Rodrigues

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A escrita é fácil, é uma leitura leve para o final de semana, mas senti que a autora poderia ter explorado mais desse universo. É tudo muito no ar, o que passa a sensação de que a história merecia o dobro de páginas, pelo menos. Apesar de cafajeste, a protagonista é cretinamente maravilhosa, e eu super leria mais livros com ela.

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Após ter feito um pacto com o demônio, Helen sabe que está com os dias contados. Há 10 anos atrás, sua família sofreu um trágico acidente de carro, deixando apenas ela viva, mas, para trazer o irmão de volta a vida, ela precisou fechar um pacto em troca de sua alma, isso manteria ela viva por até 10 anos.
Após ser expulsa da ordem mágica, por não ter mais uma alma divina, ela começa a praticar suas magias de forma independente, ao lado do seu grande amor, a Edith. Nos seus últimos dias de vida, ela recebe uma proposta de trabalho, encontrar um assassino em série que está mexendo com o mundo místico.
Helen está meio incerta se quer passar suas ultimas horas nessa investigação, ao invés de ficar ao lado de sua amada. Mas um grande proposta é feita: a resolução do caso, pela sua alma de volta.

Realmente é o que o pessoal fala: um episódio sáfico da série Supernatural. Também adicionaria uma pitada de Cassandra Clare, no sentido do lado celestial que a autora aborda no universo de Shadowhunter.

O livro mexe muito com anjos, demônios, poderes divinos, religião, magia e bruxaria. Além de ter uma excelente ambientação em uma Chicago dos anos 1940, onde mostra as dificuldades de ser homossexual na época e como as mulheres são inferiorizadas pelos homens.

O romance entre as personagens é bem feito, apesar de não ser o grande foco da trama, mas está ali sempre presente.

É uma novela, com pouco mais de 150 páginas, onde a autora consegue abordar muito bem todos esses assuntos, de uma forma que deixa o leitor preso na história. Adorei a escrita da C. L. Pulk.

Só em alguns momentos que fiquei um pouco confuso pela falta de explicação sobre os assuntos, mas a autora tinha costume de desenvolver a cena e depois explicar durante a história. A cena da batalha final achei que foi muito rápida, faltou um pouco mais de descrição, tanto que precisei reler para entender bem.

Gostaria de ler mais histórias nesse universo, acho que, se for bem trabalhado, da para transformar isso em uma série de novelas mesmo, nem precisa ser de livros grandes. Ansioso para conhecer outros trabalhos de C. L. Pulk.

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O enredo é completamente diferente de tudo que eu imaginava pra essa história, foi uma surpresa perceber que a protagonista estaria no meio de uma guerra entre céu e inferno e que teríamos toda a questão de vender ou não uma alma e ainda trabalhando direitos LGBT+ enquanto acompanhamos essa guerra divina.
Um livro rápido, fluído, que trás coisas boas, mas que eu senti que faltam coisas e aprofundamentos que me pareceu sim necessários para que as coisas ficassem mais bem amarradas.

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Eu estava curiosíssima para saber se esse livro valia o hype.
Confesso que primeiro eu quis ler por causa da capa - de alguma forma misteriosa e distante, ela me lembrou a capa do "this is how you lose the time war", que eu adorei quando li.

Bom, não achei "Mesmo sabendo como tudo acaba" um livro excelente, mas vale o hype. É uma leitura rápida, que te prende, gostosa e com uma história muito bem desenvolvida - mesmo em poucas páginas. (e eu acho que ter poucas páginas, neste caso, ajuda muito). A gente realmente lê ele inteiro, numa sentada só, mesmo sabendo como tudo acaba...

Apesar de algumas coisas nos diálogos terem me soado completamente nada naturais (o uso de "linda" e "boneca" como tratamento entre o casal de mulheres é uma coisa completamente horrorosa), o plot me prendeu o suficiente para eu continuar lendo, apesar disso e dos elementos religiosos (que geralmente me fazem fugir).

Tem um capítulo (o do asilo/centro de tratamento) que achei absolutamente maravilhoso e horroroso ao mesmo tempo (porque é pesado emocionalmente). Achei que foi muito bem escrito (e traduzido) e é, para mim, um dos pontos altos - se não o mais alto - do livro. Tem boas camadas de discussões possíveis a partir dali.

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Mesmo sabendo como tudo acaba é um livro curto que traz todo um universo de anjos e demônios, feiticeiros e maldições, acordos e mistérios. Uma narrativa fluída com personagens cativantes, com os quais vamos simpatizando a menina que quebramos o conceito de bem versus mal.

Helen é uma feiticeira poderosa, expulsa da ordem por fazer um pacto com o demônio para trazer o irmão da morte. Condenada ao inferno, ela vive os últimos dias dos 10 anos combinados, ao lado de Edith, sua perfeição em forma de namorada. No entanto, recebe uma proposta irrecusável: se descobrir quem está por trás dos crimes que assola a cidade de Chicago, seu pacto será anulado e ela terá a chance de envelhecer ao lado da mulher que ama.

Entre anjos e demônios, Helen é apaixonada por uma mulher que conheceu em um bar clandestino. Na Chicago dos anos 1940, tais locais eram proibidos. As mulheres ainda eram vistas como propriedades dos maridos, e deviam obediência a eles. Algumas eram internadas em manicômios por não seguirem os padrões, e eram consideradas histéricas. É nesse contexto que Helen terá que lutar para reaver sua alma.

A autora nos traz uma narrativa bastante envolvente, e a única ressalva em relação ao livro é que ele não tenha mais páginas para o desenvolvimento desse universo tão rico.

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Anos atrás, Helen, uma poderosa feiticeira, fez um pacto com um demônio, e agora é hora de pagar sua dívida. Em três dias ela deverá morrer e sua alma queimará no inferno para sempre, porém Marlowe, o demônio com quem Helen fez o pacto, oferece uma outra proposta: se Helen descobrir quem é o Vampiro da Cidade Branca - um serial killer que têm feito novas vítimas a cada semana - e entregá-lo à Marlowe, ela dará a Helen sua alma de volta. Porém, ela tem apenas três dias para realizar essa árdua missão.

Confesso que Mesmo Sabendo Como Tudo Acaba não foi exatamente o que eu esperava. Quando li a sinopse, achei que seria um livro sobre feiticeiros com assasinato, mistério e investigação, porém do meio pro final acabou se tornando mais uma história de "anjos vs demônios" do que qualquer outra coisa. Quem gosta de fantasias com essa temática de céu e inferno, de anjos e demônios, irá gostar, porém eu pessoalmente já saturei de histórias do gênero.

Dito isso, acredito que a autora quis inserir temas demais em uma novela de apenas 168 páginas. Aqui temos anjos, demônios, luta entre céu e inferno, pactos, feiticeiros, serial killers, romance sáfico, enfim, foi muito conteúdo e pouco tempo para desenvolver tudo. Também senti dificuldade de compreender o sistema mágico criado, principalmente com as diferentes organizações, os níveis e hierarquias dos feiticeiros, enfim. Num geral, acredito que teria gostado mais se fosse um livro de 300 ou 400 páginas, pois assim a autora teria tempo de desenvolver tudo aquilo que ela se propôs a trazer no enredo.

Em relação aos personagens, não me apeguei a nenhum. Gosto da Helen, mas senti falta de ver mais desenvolvimento de romance entre ela e sua namorada, Edith. Gostei da Marlowe, apesar dela aparecer pouco na história, porém todos os outros personagens achei sem graça ou pouco cativantes. O irmão da Helen é, de longe, o pior deles: um homem chato e irritante, e forma com que ele lida com a definição de bem e mal é, no mínimo, hipócrita.

Num geral, eu não diria que é uma novela ruim, só não foi para mim. Peguei para ler com muitas expectativas e, infelizmente, elas não foram alcançadas. Entretanto, apesar de não ter gostado pessoalmente, acredito que é um tipo de história que tem público e vai agradar a muitas pessoas, principalmente fãs de fantasias com anjos de demônios, muita ação e romance em pequenas doses.

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Cumpre o papel de entretenimento, leitura flui muito bem, não é uma trama muito elaborada, até por conta das páginas, porém é bem desenvolvida dentro do que se propõe.
Helen e Edith são fofas e o Marlowe melhor do que muitos anjos. Vale a pena a leitura.

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Eu amei o livro! Fiquei encantada pela narrativa da protagonista e como a história avança rapidamente, mas sem parecer corrida demais. Eu gostei muito do mundo e fiquei querendo conhecer mais sobre esse universo "alternativo" apresentado. O romance entre as duas personagens e suas histórias também me encantou muito. Eu fiquei tão triste no final. Eu adorei e leria muitas outras coisas dessa autora/autor que não conhecia!

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