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Corrie Mejía é basicamente a Lara Croft. Para quem não conhece, Lara Croft, também conhecida como Tomb Raider, é uma arqueóloga rica que faz da vida dela caçar por relíquias – e lutar contra bandidos e salvar sua vida enquanto faz isso. E Corrie, tirando a parte de ser rica, é exatamente igual. O mundo de arqueologia todo já ouviu falar dela em algum momento: fosse no momento que ela lutou contra um tigre, construiu um bote com suas próprias mãos ou enganou um bandido para tomar uma relíquia dele (!!!!), ela já tinha feito de tudo.

Porém também por conta dessa sua ideia de não dar ouvidos a nada ou a ninguém, além de sua fama de fodona, também a fez perder muitas coisas, por isso quando ela é chamada de forma secreta para participar da escavação de Chimalli, de quem ela tem certeza que é descendente, o reitor da universidade na qual ela trabalha pergunta se ela quer mesmo fazer isso sem basicamente nenhuma informação além de que terá uma passagem a sua espera no aeroporto.

E claro que Corrie com toda adrenalina que corre em suas veias, está certa de tudo. Até ela chegar lá e, apesar da primeira pessoa que ela encontra é seu amigo Ethan, ela descobre que quem na verdade a chamou foi Ford Matthews que, apesar de lindo e charmoso, também é o líder da escavação (que devia ser dela!!!) e é quem ficou com o emprego pelo qual ela estava batalhando quando estava na pós graduação.

Ali ela decide que, tudo bem, ela vai esperar até o dia seguinte para ver o sitio onde estão realizando as escavações, mas depois disso vai embora porque ela não precisa e nem vai ser mandada pra cima e pra baixo que ela mais odeia no mundo todo.

Porém quando ela visita o sítio e vê que o local que eles estão fazendo a busca é o local errado, ela sabe que não pode ir embora assim. Ela tem certeza que é capaz de levar eles para o lugar certo da escavação e se para encontrar os restos mortais daquele que ela tem certeza absoluta que é seu antepassado, ela tiver que dividir a descoberta com o homem que ela mais odeia, então que seja, ela fará isso.

Claro que não demora muito para as coisas se complicarem entre eles por conta de um passado turbulento que os dois dividem – e por coisas no presente também que podem ficar entre eles, além de descobrirem que alguém na própria equipe está tentando roubar as descobertas que fazem, eles entram em uma corrida contra o tempo para encontrar tudo que precisam ali antes que tudo vá por água a baixo.

Eu não estou brincando quando eu digo que Corrie é a Lara Croft personificada. E tudo ainda melhor porque Corrie é latina, então pra mim ela ficou em um passo acima da Lara sim, nem vou negar. E Ford (que foi nomeado assim por conta do ator Harrison Ford, pra quem não sabe, ele é o Indiana Jones. E o Han Solo) é a verdadeira personificação de bom moço. Não que ele seja bonzinho, tem várias vezes que eu queria que a Corrie desse com um pedaço de pau na cabeça dele, mas no sentido de que ele nunca na vida se meteu em aventuras, apesar de ser um arqueólogo.

E a dinâmica entre eles é uma verdadeira delícia. Como o livro alterna o ponto de vista dos dois, nós podemos ver exatamente o que eles pensam um pelo outro e a verdade é que, apesar de toda animosidade, eles são bem loucos um pelo outro.

Ethan e Sunny (que é assistente de Ford) também são maravilhosos. Ethan é sempre o mediador das brigas entre Corrie e Ford para que nunca passe dos limites e Sunny, como o próprio nome já sugere, é um verdadeiro raio de sol. Alegre e falante, todas as cenas dela são muito engraçadas.

O que eu posso dizer com toda certeza é que: Jo Segura fez um trabalho maravilhoso aqui. Tanto no desenvolvimento dos personagens como da própria história, com fatos históricos realmente misturados com coisas que ela criou e colocou ali no meio, fez todo esse livro valer a pena ser livro.

“Caçadores do coração perdido” é definitivamente um dos melhores livros que eu vi esse ano: leve, engraçado, despretensioso, com romance e cenas quentes e que eu espero muito muito muito que tenha uma continuação.

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Este é um romance ambientado em um cenário pouco usual, uma expedição arqueológica. Eu já li livros de crime nesta ambientação, mas romance mesmo foi a primeira vez. É claro que em filmes eu já pude ver histórias em locais assim, como fã de A Múmia e Indiana Jones, uma expedição arqueológica já é território familiar.

E a autora mesmo acredita que esta trama é uma mistura de Indiana Jones com Lara Croft, ela meio que inspirou seu casal de protagonistas nestes personagens e o resultado que temos é uma história com uma dupla que briga muito, sente uma atração inegável um pelo o outro e não vai demorar para cair na cama e incendiar os lençóis. E isso mesmo, é um romance com um hot picante.

Corrie e Ford tem uma desavença antiga, ela afirma que o odeia, mas logo percebemos que não é ódio e sim mágoa por ele ter lhe roubado uma grande oportunidade e também ter partido seu coração. Ele, por seu lado, não a odeia, gosta mesmo de provocar Corrie e chamar sua atenção.

Os dois vão ter algumas discussões no começo, mas a descoberta arqueológica que podem fazer é motivo suficiente para deixar as diferenças de lado e trabalharem juntos. Assim ambos têm a chance de se conhecer melhor e se aproximar, o que resulta em algo fácil de imaginar.

Eu gostei bastante de Corrie, já Ford eu demorei para aceitar. Não conseguia torcer para eles como casal. De começo queria que ela o abandonasse lá e não o ajudasse de jeito nenhum. Para mim, este homem não merecia perdão. Por mais que a autora mostrasse ele como um homem cheio de tragédias na vida, eu não conseguia sentir pena e nem empatia.

Só que Corrie tem coração mole e não dá as costas para o cara, com isso descobrimos algo diferente sobre Ford e por fim deu para aceitar um romance. Este ponto resolvido, vem a questão que esta expedição que estão sendo pagos para fazer esconde muitas tramas desonestas e um mistério que vai colocar a vida de todos em perigo.

Corrie e Ford vão ter que desvendar um mistério asteca, derrotar um criminoso muito perigoso e ainda viver uma paixão bem quente. Será possível sobreviver a tantas emoções? Leia Os Caçadores do Coração Perdido para descobrir.

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É praticamente impossível você se deparar com a capa e com a premissa de Os caçadores do coração perdido e não ficar com vontade de conhecer a história desses arqueólogos rivais.

A história começa com um ótimo potencial, porém, conforme a leitura avança é como se a autora não conseguisse desenvolver a narrativa para explorar tudo o universo que ela mesma criou. A sensação que tive é que estava lendo uma fanfic de como seria se Lara Croft e Indiana Jones fossem um casal (lendo a nota da autora fica claro que essa foi uma das suas inspirações). Pra mim tudo ficou muito superficial, se fosse uma história com foca em um publico adolescente eu ate entenderia, a autora não ter se aprofundado em alguns temas e possuir alguns soluções milagrosas. Agora levando em consideração que a protagonista possui 35 anos e o livro é para um público 18+, não tem como ignorar esses detalhes. É como se toda a história tivesse sido construída em cima da tensão/frustração sexual dos protagonista, e a parte da arqueologia estivesse ali para deixar as coisas mais "excitantes".

Os caçadores do coração perdido não é uma história ruim, levando em consideração ao nota da autora o livro cumpri perfeitamente sua propostas. Porém, o livro não funcionou tão bem pra mim, ainda que a escrita da autora seja fluída e leitura se desenvolva de forma fácil. Senti falta da aventura, de poder torcer para que Corrie Mejía e Ford Matthews deixassem a rivalidade de lado e dessem chance um ao outro, de pode acompanhar um pouco mais do universo da arqueologia .

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