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"vazio agudo

ando meio

cheio de tudo"

desde que eu descobri que a companhia das letras disponibiliza e-books no netgalley, minha vida mudou. parece meio exagerado falar assim, mas na minha cabeça tem livros que eu sei que preciso ter na minha estante para ler, reler, anotar, emprestar, e alguns livros eu sei que posso ter só no kindle para ter aquele entretenimento na palma da minha mão e poder abrir o livro na hora que eu quiser, onde eu estiver para sentir o conforto daquelas palavras ― e ter isso de forma gratuita? apenas a melhor coisa que já existiu, então obrigada companhia das letras e netgalley.

podem me considerar bairrista quando eu falo isso, mas paulo leminski é um dos poucos autores que me fazem sentir a poesia. já falei por aqui em alguma resenha que eu não sou a maior fã de poesia, acho que é muito abstrato para mim, muito sentimento e pensamento e não necessariamente entendimento. sei que é provavelmente melhor por isso, mas enfim. paulo leminski é curitibano, assim como eu e na minha adolescência eu adorava “descobrir” alguns autores de curitiba, como dalton trevisan, adélia maria woellner, alice ruiz, helena kolody (que não nasceu em curitiba, mas sim em união da vitória, cidade onde minha mãe morou por muitos anos) e paulo leminski.

tudo isso para dizer que sim, eu gosto muito da poesia de leminski. isso só cresceu depois que comecei a namorar o meu noivo, emilio, já que ele me levou em 2016 para ver a comemoração dos 72 anos de paulo leminski feita no teatro guaíra pela orquestra sinfônica do paraná e quando ele marcou na pele um poema de leminski.

para mim, a poesia dele faz pensar na minha cidade, mesmo sem que ela esteja mencionada, então pode ser que eu esteja sendo completamente parcial na minha nota, mas la vie en close é um desses livros que volta e meia eu pego de volta, leio uma ou outra poesia e sinto um quentinho no coração. recomendo demais que todos conheçam paulo leminski.

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