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A Zona Morta completa 45 anos de publicação, e é principalmente ambientada nos Estados Unidos da década de 70. Nada qua faça o livro não parecer muito atual nos dias de hoje, com as reflexões que ele traz.
Na história, Johnny Smith, jovem promissor e apaixonado, sofre um acidente em um táxi e fica em coma por quase cinco anos. Ao acordar, recebe uma curiosa capacidade ( ou maldição) de enxergar o passado e o futuro das pessoas que toca.
Ao tocar um jovem político, Johnny tem as piores visões do que este homem como presidente vai causar ao povo americano. E é aqui que surge o grande dilema: deixar o futuro acontecer ou impedir esse homem de seguir adiante em sua carreira?
Stephen King consegue misturar o paranormal com o horror, e também os dilemas morais com o drama. Um prato perfeito para os fãs, mas também para o leitor que ainda não conhece o autor e tem receio dos livros mais “pesados”.
Um livro bastante político.
Após sofrer um terrível acidente de carro, John Smith fica quase cinco anos em coma. Quando acorda, o jovem professor descobre que possui poderes paranormais que vão totalmente de encontro a tudo que já foi provado pela ciência.
John é capaz de descobrir fatos do passado, presente e futuro ao tocar uma pessoa, e embora todos ao seu redor considerem isso um dom, o professor vê seus poderes como algo amaldiçoado.
Porém, começa a ser difícil reprimir esses poderes quando, ao tocar em um político em ascensão nos Estados Unidos, John vislumbra um futuro mórbido para a população americana. A questão é: usar ou não seu dom para impedir que essa visão se torne realidade?
Olá leitores! Voltei com mais um livro do meu querido Tio King. A Zona Morta aparentemente é uma das obras mais cultuadas do autor, e depois de conferi-la acho que eu preciso concordar.
Peguei o livro um tanto receoso, porque há algum tempo antes eu tinha lido outro livro do autor e olha, foi uma luta pra terminar (para os curiosos, eu estava lendo LOVE, porque saiu a adaptação com a MARAVILHOSA Juliana Moore - e espero que não seja nada fiel ao livro rsrsrs). Mas voltando, ainda bem que foi uma experiência atípica, porque Zona Morta é MUITO BOM.
Como eu disse no começo da resenha, trata-se de uma história bastante centrada no cenário político dos EUA na década de 70, e confesso que eu fiquei confuso com algumas referências que eram feitas, até porque eu sou BR né gente.
"Todos nós fazemos o que podemos, e isso tem de ser o bastante...e se não é bom o bastante, temos de continuar fazendo."
Percebe-se que o autor quis fazer uma grande crítica ao período eleitoral que se seguiu à queda de Nixon (aparentemente foi um momento que teve bastante repercussão nas terras do Tio Sam) e utilizar um pouco de sobrenatural para contar essa história denotou uma criatividade já inerente a um dos escritores mais famosos do mundo.
Em ralação à Jonhnny, ahhh gente, que protagonista cativante. Quem não teria empatia por uma pessoa que no auge da sua juventude sofre um acidente e perde CINCO ANOS da sua vida? Acredito que isso deixaria qualquer um abalado, ainda mais se depois de acordar a pessoa descobrisse que tinha dons muito loucos.
"Não há nada que não possa ser encontrado."
E a relação do personagem com seus poderes é outro ponto chave que foi construído com maestria. ÓBVIO que John não gostaria de virar o centro das atenções, mas como fugir desse destino quando o futuro de toda uma nação está em suas mãos?
A obra é dividida em três partes, e demora um pouco para que as coisas comecem de fato a acontecer, mas quando o negócio fica bom, fica bom MESMO. Não se trata de um livro leve, inclusive já aviso que a histórica possui muita violência (quis vomitar ao ler uma cena específica bem no começo do livro, mas é aquele ditado: quem nunca???).
"O vento, que pareceu tão quente e próprio do verão, tinta agora o frio de fevereiro ao bater em suas faces úmidas."
Gostei também que outros personagens possuem caracterizações tão densas quanto a do protagonista. Os pais de Jonhnny me divertiram muito ao longo da leitura, e mais para a metade vamos conhecendo outros pessoas que marcam muito a vida do rapaz.
Mas Alis, e o final? Sim EU SEI que Stephen King tem um certo problema pra escrever finais de livro, mas pra mim essa história se encerrou exatamente da forma que deveria. Como já é característico do autor, o desfecho soa dramático e (já vou dizer de uma vez) muito triste.
"As primeiras lágrimas, vagarosas e escaldantes, começaram a chegar."
Por tudo isso, A Zona Morta se consolida como mais uma obra prima de Stephen King. Utilizando uma trama que mistura muito bem política e ficção científica, o autor nos mostra como a manipulação é capaz de fazer as pessoas colocarem monstros no poder.
Até a próxima resenha!!!
Eu tenho uma relação estranha com esse livro, a primeira vez que eu li eu odiei! Mas eu reli tem algum tempo e me surpreendi gostando da história. Vai entender. Essa resenha já tem um tempo mas foi escrita logo após a leitura:
Johnny Smith é um jovem promissor, no início de sua carreira como professor e de um relacionamento com a mulher dos seus sonhos.
Ao voltar pra casa após um passeio com a namorada ele sofre um acidente e entra em coma.
Quando se recupera ele percebe que o mundo seguiu em frente, seus pais, Sarah... Mas ao acordar, Johnny também não é mais o mesmo.
Um assassino em série e um político no mínimo desonesto terminam de compor o elenco dessa história de tirar o fôlego!
O livro já virou filme e série de tv. O filme é muito bom, a série é boa, mas é mais uma série policial onde o arco principal da história foi diluído pra poder caber em várias temporadas.
Indico pros fãs do King principalmente, mas também indico pra quem nunca leu nada dele por receio. Esse pode ser um ótimo para começar.