Pequena coreografia do adeus
by Aline Bei
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Pub Date Apr 26 2021 | Archive Date Feb 25 2024
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Description
Em seu segundo livro, Aline Bei – vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura com O peso do pássaro morto – constrói um retrato tão sensível quanto brutal sobre família, amor e abandono.
Julia é filha de pais separados: sua mãe não suporta a ideia de ter sido abandonada pelo marido, enquanto seu pai não suporta a ideia de ter sido casado. Sufocada por uma atmosfera de brigas constantes e falta de afeto, a jovem escritora tenta reconhecer sua individualidade e dar sentido à sua história, tentando se desvencilhar dos traumas familiares.
Entre lembranças da infância e da adolescência, e sonhos para o futuro, Julia encontra personagens essenciais para enfrentar a solidão ao mesmo tempo que ensaia sua própria coreografia, numa sequência de movimentos de aproximação e afastamento de seus pais que lhe traz marcas indeléveis.
Escrito com a prosa original que fez de Aline Bei uma das grandes revelações da literatura brasileira contemporânea, Pequena coreografia do adeus é um romance emocionante que mostra como nossas relações moldam quem somos.
"Aline Bei narra como quem se posiciona à beira do abismo, o corpo em espera, o instante que se aproxima. Ler Pequena coreografia do adeus é acompanhar essa queda, íngreme e definitiva, mas também sublime e transformadora." – Carola Saavedra
"A experimentação formal que sublinhou o estilo marcante de Aline Bei, em sua estreia com O peso do pássaro morto, sedimenta-se neste segundo romance, trazendo-nos a história dolorosa de Júlia Terra – personagem complexa, cujas margens familiares vão se dissipando. A trama urdida com lirismo entrelaça a educação afetiva, a violência e a experiência do desamor, revelando o paradoxo da condição humana – a um só tempo precária e (por meio da escrita) redentora." – João Anzanello Carrascoza
Available Editions
ISBN | 9786559210411 |
PRICE | |
Available on NetGalley
Featured Reviews
No novo livro de Aline Bei, autora de o peso do pássaro morto, acompanhamos Júlia Terra que na primeira parte do livro é ainda uma criança entrando na puberdade. Todo conflito interno e mudanças externas causadas pelos hormônios são ainda mais afetados com uma relação familiar turbulenta. O pai que parece outro quando deixa a mãe a filha. Como que alguém pode ser mais leve com estranhos que com a própria família? é o quê Júlia se pergunta e ela mesma já sabe que os estranhos não são inteiramente estranhos para nós: eles são quem queremos que sejam e quem eles querem ser.
O mesmo não acontece com dona Vera, mãe de Júlia, que parece ser desagradável com todos. Ela é uma personagem complexa: capaz de estraçalhar o quarto de uma menina por ter se chateado com ela e não se importar em dizer que fulana é mais bonita que Júlia, mas que vira outra pessoa quando o sono chega e despe-a da carapaça que veste durante o dia.
Pequena coreografia do adeus rompe com aquela imagem de que a família, apesar de tudo, é unida. Não, aqui os personagens não são bons nem são ruins e por isso mesmo não são neutros, eles são reais. O amor incondicional e de novela que crescemos acreditando que existe na verdade não passa de um almejo, às vezes dos pais, às vezes dos filhos. Mas a vida mostra que não é simples assim e Bei captou bem isso.
Com sua prosa meio teatral meio poética que já conhecemos, a autora me encantou mais uma vez com uma história cheia de cicatrizes e quebras mas ainda assim fluida e prazerosa de encarar, como às vezes é para Júlia alguma daquelas surras que levou.
"Pequena Coreografia do Adeus" foi meu primeiro contato com a escrita de Aline Bei, e me surpreendeu positivamente.
É uma obra sobre o relacionamento entre pais e filhos, mas também sobre como o relacionamento entre os primeiros afeta os últimos.
O interessante é que o adeus do título pode se referir a muitas coisas ao longo da narrativa: adeus à família, causado pela separação dos pais, ao próprio convívio com o pai, a uma certa ingenuidade infantil, como quando Julia comenta que envelheceu muito cedo, e mais acontecimentos que vamos descobrindo ao longo da leitura.
É realmente como assistir uma dança ao longo da vida, na qual vai se aprendendo a permanecer de pé mesmo em meio a tantas perdas.
Obrigada à Cia das Letras e à NetGalley por disponibilizarem a cópia antecipada desta obra em troca de uma resenha sincera.
avisos de conteúdo sensível: divórcio, abandono parental, violência doméstica, morte
"nosso jeito de conversar, diretora, é nos machucando
não por mal, não somos maus
somos tristes e isso é o que fazemos com a nossa solidão.
caminhamos"
Apesar do estrondoso sucesso de 'O Peso do Pássaro Morto', esta foi a minha primeira experiência com a autora e devo dizer: estou muito impressionado! Já tinha alguma noção sobre os pontos delicados que a autora aborda em seus textos, e aqui não é diferente: acompanhamos Júlia, uma garota 'moldada' pelo lar vazio e triste, passando pelo divórcio dos pais, o eventual abandono parental (quando não substituído pela violência), e as cicatrizes mentais que a impede, muitas vezes, de seguir uma vida normal.
Uma poética e melancólica história sobre uma garota que desde cedo foi ensinada a se proteger da dor causada pelos outros. Recomendo muito!
lendo o segundo livro de aline bei, uma ideia se fixou na minha cabeça: as violências podem ser miúdas. na forma de afetos ou diálogos inexistentes, pequenas maldades intencionais. se tais atos - ou ausências - partem de lugares que deveriam ser de acolhimento, deixam como legado traumas muitas vezes irreversíveis
a vida de júlia, protagonista de "pequena coreografia do adeus", é atravessada pela Impossibilidade
na infância, a Impossibilidade de conhecer um lar amoroso ou ter um corpo que obedeça com graça os movimentos do balé
na juventude, a Impossibilidade de se entregar a possíveis amores ou ter um corpo desvinculado ao seio materno lhe devorou
no final das contas, o que mais dói em júlia não é o chinelo na cara arremessado pela mãe, mas a inexistência de vínculos profundos com os pais. ela, que sonha em ser escritora, que desde a adolescência deságua na escrita as próprias dores e desenvolve a capacidade de transpor sua sensibilidade à ficção. ela, que não se permitiu voar pelos ares dos afetos nem quando eles se tornaram uma Possibilidade
"Pequena coreografia do adeus" é, sobretudo, um livro sobre cicatrizes desenhadas por lares tristes, pouco acolhedores, em que pais, mães e filhos não conseguem se guiar pelos caminhos da ternura. nas paredes dessas casas vemos saturno devorando um filho
"nosso jeito de conversar, diretora, é nos machucando
não por mal, não somos maus
somos tristes e isso é o que fazemos com a nossa
solidão.
caminhamos"
Pequena coreografia do adeus- Aline Bei
@companhiadasletras
Nota 8
Uma criança marcada pela violência e pelo abandono. Desde cedo ensinada a se proteger da dor causada pelos outros.
Julia, tem uma mãe desleixada e violenta, por outro lado seu pai é um homem inconsequente, que vive trocando de namoradas, enquanto e relapso com a criação da própria filha.
É triste ver como Julia se sente abandonada, como seus sonhos de vir a ser uma mãe melhor que a sua vão se transformando a medida que a violência vai se instaurando.
Fica claro que a mãe de Júlia a ama, mas elas estão repetindo um ciclo de dor das mulheres daquela família, que desde cedo entenderam que o abandono e a desilusão sempre vão fazer parte de suas histórias.
E triste ver os desencontros dessa família. A forma como o silêncio se instala, tornando a narrativa opressiva.
Até mesmo final e de uma tristeza singular, que nos faz ver que devemos sempre dizer o que sentimos a quem amamos, afinal o tempo passa rapidamente, e quando nos dermos conta, já será tarde demais.
Você já disse eu te amo para sua família hoje?
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